Ó Mulher! Como és fraca e como és forte!
Como sabes ser doce e desgraçada!
Como sabes fingir quando em teu peito
A tua alma se estorce amargurada!
Quantas morrem saudosa duma imagem.
Adorada que amaram doidamente!
Quantas e quantas almas endoidecem
Enquanto a boca rir alegremente!
Quanta paixão e amor às vezes têm
Sem nunca o confessarem a ninguém
Doce alma de dor e sofrimento!
Paixão que faria a felicidade.
Dum rei; amor de sonho e de saudade,
Que se esvai e que foge num lamento!
(Florbela Espanca)
Neivadigital associa-se a esta importante data, contra os sacripantas que em sociedade afirmam defender os valores da dignidade das mulheres e nos locais de trabalho ou casa as torturam, privando-as da sua condição de mulher, limitando-as a um espaço doméstico, inflingindo-lhes todo o tipo de terrorismo psicológico.
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