Foi doado em 23 de Junho de 1936, por testamento de Manuel Joaquim Neiva à Junta de Freguesia de Neiva, um terreno situado na zona de Santa Ana, conhecido pela grande maioria dos Neivenses por Campo de Santa Ana.
Esse testamento obrigava a que a Junta de Freguesia, fizesse, com os seus rendimentos, a festa anual no próprio dia.
Em 1991, surgiu por um dos membros da Assembleia de Freguesia, a proposta para que o referido campo deixasse de ser administrado pela Junta e fosse transferido por doação à Fábrica da Igreja, uma vez que com a viragem histórica de 1974, foi separado a Igreja do Estado, de acordo com o nº 3, do Artº 41º, da CRP de 1976, e subsequentes revisões.
Nos termos Constitucionais não é da competência da Junta fazer festas religiosas.
Os rendimentos do campo não dão para suportar o que quer que seja.
Os cidadãos com responsabilidade autárquica, à data, não transferiram para o referido organismo paroquial o campo em apreço.
Hoje, todos sabemos que a Festa em honra de Santa Ana, não é feita no mesmo dia, terá sofrido muitas alterações de acordo com "os novos tempos" e não é feita nos moldes relativamente a 1936, é feita com conveniência de calendário, visto que é a festa mais importante da freguesia e está integrada no programa das Festas Minhotas.
Atendendo a que continua propriedade da Junta de Freguesia, encontra-se sem qualquer proveito, a Junta de Freguesia poderia alicerçar o rumo a dar a esse terreno.
Carecendo esta freguesia de um lar de idosos /centro de dia, porque não tomar a iniciativa de contactar neivenses para constituir uma associação ou cooperativa, tornando aquele espaço útil.
Pelos vistos é uma das prioridades do executivo a construção de uma casa mortuária, julgo encontrar-se aqui um local para tal, aproveitando o projecto a criar-se de raiz para várias valências, onde poderiam caber as várias associações existentes na aldeia.