quarta-feira, 11 de novembro de 2009

PORTAGENS NA A28 CONTRA O ALTO MINHO!

Foi com surpresa e até alguma admiração que lemos neste periódico que o Movimento Alto Minho contra as portagens na A28 se auto-extinguiu.
O motivo apresentado para esta posição foi estarem fartos do “jogo duplo dos políticos”, e ver na vitória do Partido Socialista, que há quatro anos tinha prometido que não haveria portagens na A28, tenha agora aparecido a defender, nas legislativas de Setembro, que estava a favor da cobrança de portagens, ou seja, a dar o dito por não dito aos eleitores, embora estes, por maioria relativa, lhe tenham dado a vitória!
Por outro lado, o Movimento constitui uma acção cívica alargada, livremente constituído por cidadãos que continuam a ter todo o direito de expressar esse sentimento contra a instalação de portagens na A28 e de se organizarem nas formas e iniciativas que entenderem, a fim de fazerem chegar seus protestos junto do Governo.
Relativamente ao novo Executivo camarário, também do Partido Socialista, não se percebe ao pretender criar um lobby anti-portagens na A28! Não se deve esquecer a nossa Autarquia que existe uma iniciativa, após o último acto eleitoral, que congregou as Assembleias Municipais de Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, contra a instalação de novas portagens.
Sendo assim, só há que reactivar essa iniciativa e juntos continuaremos a lutar contra a intenção do Governo, enquanto não forem criadas alternativas aceitáveis à A28, como por exemplo a existente para sul do Porto (por Espinho) à AE 1, pelo menos até Estarreja, que a EN-13 (Viana/Porto), nem de longe nem de perto; contempla.
É, portanto, DEMOCRATICAMENTE aceitável que a maioritária oposição parlamentar, que bem pode representar o sentimento da população alto-minhota descontente, se una na Assembleia da Republica e derrote a injusta pretensão do partido do Governo contra o Alto Minho.

In bissemanário "A Aurora do Lima" de 11 de Novembro de 2009, por Rui Viana.

1 comentário:

  1. Para mim também foi uma surpresa e desilusão, porém não estou de acordo com essa posição - extinção. Os argumentos utilizados não me convenceram, até porque com o avanço dos pórticos e toda aquela sementeira de aparelhos espalhados nesses pórticos se conclui que estão efectivamente preparados para as portagens.
    Hoje mais que nunca seria necessário a existência do Movimento.
    As coisas não são fáceis. A luta exige muito trabalho e não é por o PS ter uma maioria relativa que se deixará de enfraquecer.
    Independentemente de os votos à esquerda do PS terem sido inferiores, haveria que respeitar quem optou conscientemente, através do voto, mostrando um cartão vermelho ao PS.
    Se todos fizessem o mesmo, então os trabalhadores, através das suas organizações de classe, deixariam de lutar pelos seus direitos e dignidade. Direitos esses que diariamente são postos em causa. Os professores não tomariam as iniciativas da luta que fizeram.
    A farsa das eleições antes do 25 de Abril, acabariam por desmotivar todos os que lutaram pela Democracia.
    Os antifascistas desmoronar-se-iam à perseguição do regime.
    É notório que ao comum cidadão era desconhecido a actividade que ultimamente o Movimento tinha, penso que permanecia sem actividade, pelo menos a comunicação social não fez eco de qualquer iniciativa.
    Antes de se dissolverem, deveriam encostar os políticos responsáveis à parede. Se calhar também permitiram “o jogo duplo dos políticos”.
    Teriam sido ultrapassados por outras iniciativas…
    O certo é que para nós utilizadores diários ficamos sem um Movimento que coordenasse os utilizadores Minhotos da A28.
    Desiludiram-me e julgo que se enfraqueceram em outras iniciativas que possam vir a tomar.
    É minha opinião. Doa a quem doer
    Sá Mota

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